Inserido num condomínio horizontal, o lote possui uma peculiaridade que norteou o projeto: uma área lateral remanescente que poderia ser incorporada, onde o cliente, agrônomo, sonhava cultivar um amplo jardim e um pequeno bosque.
O partido arquitetônico definiu a residência em dois volumes distintos: o primeiro é formado por uma massa “sólida”, aberta para a ventilação dominante, abrigando as suítes da família no pavimento superior, e a cozinha, serviço e escritório no térreo.
A curva gerada na extremidade frontal do volume é uma referência poética que conduz o observador à entrada social da casa.
O segundo volume assume uma forma de casca sobre um pé direito duplo, que envolve a sala e parte do mezanino sobre o quarto de hóspedes.
Na fachada frontal, os painéis em vidro temperado associados a uma grande esquadria em veneziana móvel de madeira possibilitam a harmonia entre transparência e ventilação, ou seja, um diálogo entre o privado e o urbano, o interior e a paisagem.
O terraço social protege o ambiente social da insolação poente e faz a conexão com o jardim. A casa harmoniza tecnologia e culturas locais com um desenho simples e universal.
Ficha técnica
Arquitetura: Oliveira Júnior, Manoel Farias e Glauco Brito
Estrutura: Normando Perazzo e Adriano Maciel
Construção: Mestre João Fotos: Cacio Murilo
Local: João Pessoa/Pb Projeto: 2000
Obra: 2001
Área construída: 288,78m